O Projeto Tardezinha do Samba vai à Escola leva a cultura africana e afro-brasileira a três centros educacionais de Ceilândia.
O projeto Tardezinha do Samba vai à Escola é uma criação do cantor e ativista cultural Marcelo Café, que nasceu em Niterói (RJ). Café veio para Brasília em 1980, com sete anos de idade, mas sempre morou na Ceilândia. Em 2018 ele cria o Festival Tardezinha do Samba, na Casa do Cantador, com encontros musicais no ritmo de samba, choro e charme.
No entanto, em 2022 Marcelo decide ampliar o evento musical, levando-o para dentro das escolas da Ceilândia. ”Vi que o projeto era uma forma de ampliar o alcance da cultura afro-brasileira para dentro das salas de aulas, promovendo o debate com os jovens e ajudando na formação de uma geração menos preconceituosa com as questões de raça e gênero, entre outros”, afirma Marcelo.
Tardezinha do Samba vai à Escola já tem duas edições
O projeto já está na segunda edição, pois oferece oficinas de percussão, dança, moda, hip hop e produção cultural. Além disso, oferece palestras e rodas de conversa com os estudantes sobre mitologia africana, racismo e democracia. Ele acontece no CEF (Centro de Ensino Fundamental) 4, CEF 11, e CEF 26, todos localizados na Ceilândia.
Entre as atividades, que acontecerão até o dia 8 de dezembro, se destacam as oficinas de dança charme com o professor Petrônio Paixão, dança afro com Lady B, produção musical e composição com Jojo Baby e Felipe Phyre. Hip Hop com Valéria Assunção, Moda com o jornalista Fernando Lackman e Produção de Eventos com Nayara e Manu Lira. Na programação também serão realizadas palestras sobre Mitologia Africana, Racismo e Democracia, com as professoras Flávia dos Santos, Margareth Brito e Keka Bagno. Nas oficinas de Hip Hop e moda, os estudantes apresentam uma coreografia e um desfile, mostrando tudo o que aprenderam sobre ambos os assuntos.