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Frankenstein: o clássico continua vivo

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Frankenstein é o primeiro mito dos tempos modernos


No aniversário de duzentos anos de sua criação, Frankenstein retorna numa edição monstruosa da DarkSide Books.

Essa obra-prima de Mary Shelley é seu livro de estreia e um marco do romance gótico, pois é um verdadeiro ícone do terror. Além disso, esse livro influencia o surgimento da ficção científica, já que a criatura Frankenstein é considerada o primeiro mito dos tempos modernos. Para compor essa bem-sucedida experiência literária, Shelley é inspirada por influências diversas, que vão do livro do Gênesis a Paraíso Perdido, portanto da Grécia Antiga ao Iluminismo.

O resultado é essa história eterna, que é uma leitura obrigatória em países de língua inglesa, pois Frankenstein surgiu várias décadas antes de Edgar Allan Poe, Bram Stoker e H.G. Wells. Essa obra literária vem sendo publicada, ininterruptamente, desde 1818. Por isso quase todo mundo conhece essa criatura que surge numa noite de tempestade, à beira do lago Genebra. No verão de 1816, Mary e um grupo de escritores ingleses, como o poeta Lord Byron e John William Polidori, além do seu marido, Percy Shelly, dividiam uma casa na villa Diodatti, na Suíça. Entusiasmados pela leitura de uma edição francesa de Fantasmagoriana – coletânea de histórias sobre aparições, espectros, sonhos e fantasmas, os quatro aceitaram o desafio de escrever um conto de terror cada. Nesse encontro Mary concebe a origem de Frankenstein e Polidori escreve o O Vampiro, romance que serve de inspiração para Drácula, de Bram Stoker.

Com o sucesso do livro, a história de Victor Frankenstein passa a ser reinterpretada incontáveis vezes e, no século XIX, chega com sucesso ao teatro. A primeira aparição no cinema acontece em 1910, mas é em 1931 que Boris Karloff dá um rosto definitivo à criatura no imaginário popular. O livro de Shelley, assim como o filme de Karloff, serve de inspiração para a imaginação de artistas como Tim Burton, Clive Barker, Wes Craven, Mel Brooks, Alice Cooper, Roger Corman. As referências estão em todas as partes: nos monstros da Universal Studios e da Hammer Films, na comédia musical de horror The Rocky Horror Picture Show, em filmes como Reanimator, inspirado no conto de H.P. Lovecraft. Além disso, Frankenstein inspira álbuns como Yellow Submarine e o universo das HQs da Marvel e DC Comics.

São tantas as versões que é quase impossível não estar familiarizado com essa história eterna. Victor é um cientista que dedica a juventude e a saúde para descobrir como reanimar tecidos mortos e gerar vida artificialmente.

Quando foi a última vez que você teve a chance de entrar em contato com a narrativa original desse que é um dos romances mais influentes dos últimos dois séculos? Aproveite a tradução de Márcia Xavier de Brito, pois esta edição ainda tem quatro contos sobre a Imortalidade. Nesse contos Mary Shelley continua a explorar os perigos e percalços daqueles que se arriscam à tentação de criar vida. Temos Valério: O Romano Reanimado, Roger Dodsworth: O Inglês Reanimado, Transformação e O Imortal Mortal. Todas essas histórias são pesquisadas e traduzidas por Carlos Primati, estudioso do gênero terror e ficção

A qualidade desse livro é impecável, algo para nenhum fã de terror colocar defeito. Pois ele tem capa dura, novas traduções e ilustrações feitas por Pedro Franz, artista visual e autor de quadrinhos reconhecido internacionalmente. Além disso, o livro é impresso em duas cores: preto e sangue.

Portanto, reencontre com Frankenstein de um jeito que só a primeira editora brasileira inteiramente dedicada ao terror e fantasia poderia lançar.

Hugo Machado

Publicitário, Escritor, CEO Host Marketing Digital, Botafoguense, praticante de esportes e fã de Rock.

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