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O Retrato de Dorian Gray

Uma História Sobre Imortalidade, Beleza e Criminalidade

Terminei de reler um dos grandes clássicos da literatura britânica: O Retrato de Dorian Gray, um romance intrigante e cheio de críticas morais.

Dorian é um jovem lindo e encantador. Basil Hallward é um pintor famoso na Londres novecentista. Ele se encanta pelos traços do rapaz e resolve pintar um retrato dele. No dia da finalização, Henry Wotton, um Lord amigo do pintor aparece para visitá-los e também se encanta por Dorian.

Finalizado o retrato, Dorian se encanta profundamente com a própria imagem e quer permanecer eternamente assim. Ele emite uma elocução: “gostaria de ficar sempre desta forma e não ser acometido das marcas do envelhecimento“. Basil doa o retrato a Dorian, que o leva para casa.

Um tempo depois, Dorian se encanta pela atriz Sybil Vane e propõe se casarem. Jamais diz-lhe o próprio nome e ela o chama de Príncipe Encantado. Ela é uma atriz de um teatro obscuro. A atuação dela é superior a todos de sua trupe e Dorian se apaixona por ela em razão disso. Assistindo uma das apresentações, o jovem convida os amigos para conhecerem sua futura noiva. 

A imortalidade de Dorian Gray

Contudo, naquele dia, Sybil apresenta uma performance bem medíocre, causando embaraço ao futuro noivo. Por conta disso, ele resolve desmanchar o romance de forma bastante cruel. Ao chegar em casa, percebe que seu retrato está diferente: um rictus de crueldade marca os lábios da figura fixada na tela. Neste momento, Dorian se dá conta de que seu pedido está sendo atendido.

Passa, a partir daí, a se deleitar com todos os prazeres e pecados da decadente nobreza britânica da era vitoriana. Ópio, sexo desenfreado, corrupção de amigos e colegas, enfim, tudo de ruim que pode perpetrar o ser humano, nosso personagem principal comete. Enquanto o tempo vai passando, as marcas se acumulam no quadro pintado por Basil, mas a face angelical de Dorian permanece intocada.

Um dia, Basil, preocupado com a má fama do amigo, vai à casa dele para confrontá-lo. Insatisfeito com a afronta sentida, Gray mostra o que tinha se tornado o retrato, uma figura envelhecida e marcada pelas crueldades e vícios praticados ao longo do tempo. Basil se apavora e é assassinado a facadas.

Neste momento, o personagem principal é acometido de uma profunda culpa, e tem medo de ser descoberto. Em conluio com uma de suas vítimas do passado, um químico proeminente, Dorian desaparece com todos os vestígios do último crime. A história de O Retrato de Dorian Gray tem um final surpreendente, mas deve ser lido. Não contarei do que se trata.

Sinopse O Retrato de Dorian Gray

Em 1891, quando surge a versão final do livro, O Retrato de Dorian Gray causa escândalo e provoca um intenso debate sobre o papel da arte em relação à moralidade. Alguns anos mais tarde, o livro chega a ser usado contra o próprio autor em processos judiciais. A justiça disse que ele possuía uma certa tendência a homossexualidade, motivo pelo qual acabou condenado a dois anos de prisão por atentado ao pudor.

Mais de cem anos depois, o romance de Oscar Wilde continua sendo lido e debatido no mundo inteiro, e por questões que vão muito além do moralismo do fim do período vitoriano na Inglaterra. Como define um dos personagens do livro: “a terra natal da hipocrisia”. O tema central apresenta um personagem que leva uma vida dupla, mantendo uma aparência de virtude enquanto se entrega ao hedonismo mais extremado. O Retrato de Dorian Gray tem apelo atemporal e universal, e sua trama apresenta alguns dos traços que notabilizaram a melhor literatura dessa época. Como a presença de elementos fantásticos e de grandes reflexões filosóficas, além do senso de humor sagaz e do sarcasmo implacável característicos de Wilde.

Sobre Oscar Wilde

Oscar Wilde nasceu em 1854, formou-se na Trinity College de Dublin, sua cidade natal, depois na Universidade de Oxford, onde começou a se sobressair tanto pela personalidade marcante quanto pelo talento. Em 1878, vai para Londres e solidifica sua carreira de escritor e conferencista, publicando a primeira coletânea de poemas em 1881.

Publicou nos anos seguintes uma série de textos curtos, assumiu a edição da revista feminina The Woman’s World, além de passar a manter relações homoafetivas. Em 1890, a pedido do editor da revista literária Lippincott’s, publica a primeira versão de O Retrato de Dorian Gray. Esse romance lhe rende muita fama, resenhas acusatórias e o relacionamento com Alfred Douglas, jovem que seria seu principal amante.

Wilde também cria, com grande sucesso, as peças O Leque de Lady Windermere (1892), Uma Mulher sem Importância (1893), A Importância de ser Prudente (1894) e Um Marido Ideal (1895). Ele também produz o poema A Esfinge (1894), ilustrado por Charles Ricketts e a peça Salomé (1893), com escandalosas ilustrações de Aubrey Beardsley.

Ficha Técnica O Retrato de Dorian Gray

Editora:‎ Darkside Books – Medo Clássico
Data da Publicação: ‎15 outubro 2021
Edição: ‎1ª
Idioma: Português
Número de Páginas: ‎320 páginas
ISBN-10: ‎ 6555980001
ISBN-13: ‎ 978-6555980004
Idade de Leitura: ‎A partir de 14 anos
Dimensões: ‎16 x 2.5 x 23 cm
Ranking dos mais vendidos: Nº 2 em Terror Oculto e Sobrenatural

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Cristovam Freitas

Meu nome é Cristovam Freitas. Brasileiro, meia idade, aficcionado por literatura, cinema e principalmente teatro. Tutor de caninos e felinos. Morando em Brasília, mas com o coração enterrado no Rio de Janeiro.

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