Mais que uma história, Baraúna Boi Valente é um chamado à celebração da vida, da cultura e da força ancestral que habita em cada um de nós.
No coração das encruzilhadas do tempo, Baraúna, força ancestral e feminina, convoca os Ibejis, o orixá das crianças e que representa a alegria e tudo o que decorre dos sentimentos puros, e Encantados para uma travessia decisiva: a despedida do Boi Valente. Com sua morte, perdem-se os saberes e tradições que sustentam a alma do povo. Determinada a não deixar que a cultura popular seja enterrada com ele, Baraúna transforma o rito de despedida em um ato de renascimento, semeando, com seu próprio sangue, a continuidade da memória.
Idealizado e com interpretação da atriz Aline Marcimiano, sob a direção de Hugo Rodrigues, Baraúna Boi Valente estreia no Complexo Cultural da Samambaia e no Salão da Administração do Riacho Fundo I.
A jornada leva Baraúna por caminhos míticos e históricos. Em transe, atravessa o Atlântico, testemunha as dores da escravidão e lidera uma rebelião libertadora. Ao retornar à sua terra, redescobre sua própria força e desejo, celebrando o corpo, o prazer e a autonomia feminina. Seu êxtase desperta a mata e resgata a conexão com suas raízes.
Renascida, Baraúna incendeia a folia popular, sendo a própria encarnação da alegria de um povo. Mas sua missão não termina ali. Como semente do tempo, ela se dissolve, retorna à origem, espalhando as raízes do encanto. Impiedosa e grandiosa, força Baraúna é destino, ciclo e permanência.
Sinopse
Baraúna Boi Valente é uma narrativa que transcende o tempo e o espaço, mergulhando nas raízes da cultura popular brasileira para contar uma história de renascimento, resistência e celebração. Com uma linguagem poética e imagética, a obra convida o público a refletir sobre a importância de preservar as tradições e honrar as memórias que nos constituem.
Dividida em sete atos, nessa epopeia Baraúna atravessa o rio da vida, revive saberes ancestrais e vinga a violência contra mulheres negras e a escravidão. Em rituais, fertiliza a terra, lidera rebeliões e celebra a autonomia feminina. Travestida de Boi, põe uma cidade a dançar e, ao final, dissolve-se como poeira, tornando-se a Grande Mãe e espalhando as sementes do matriarcado, simbolizando a continuidade da vida e da cultura.
Ficha técnica
Idealização e Interpretação: Aline Marcimiano
Direção Cênica: Hugo Rodrigues
Gênero: Narrativa Mítica/Cultural
Temas: Cultura Popular, Memória Coletiva, Cosmologia, Afrofuturismo, Oxunismo, Afrodiaspórico e Mulherismo Africano
Informações Baraúna Boi Valente
Local: Complexo Cultural da Samambaia
Data: 21 de Março – 20:00 h
Local: Administração do Riacho Fundo I
Data: 22 de Março – 20:00 h
Classificação Indicativa: 10 Anos
Ingresso: Retire Aqui
Sessões com acessibilidade física, intérprete de Libras e audiodescrição