Adyr Assumpção celebra seus 50 anos de carreira com a apresentação de Leão Rosário, adaptação do Rei Lear de Shakespeare, trazida para a ancestralidade africana.
Rei Lear é uma peça escrita por William Shakespeare, mas já em sua fase mais madura. Conta a história de um rei que, prevendo o fim de seus dias, divide o reino entre as três filhas e assim gera uma disputa insana. Ele também é atingido pela insanidade e fica a perambular pelo mítico reino.
Arthur Bispo do Rosário foi um artista visual que construiu suas obras trilhando os caminhos da arte e da loucura, obtendo, por isso, reconhecimento internacional. Embora não tenha sido tratado pela psiquiatra Nise da Silveira, suas biografias têm uma intersecção, porque Nise foi a primeira defensora da arte no tratamento psiquiátrico.
As loucuras intertextualizadas
Rei Lear já foi adaptada para uma realidade japonesa feudal pelo magistral Akira Kurossawa, no filme Ran (em português, caos). Agora o universo do rei é transportado para a costa atlântica de uma África atemporal. Dentre outos aspectos, há reflexões sobre loucura e velhice.
Assumpção retoma às próprias origens ao encenar Leão Rosário: “Ao longo de toda a minha carreira flertei muito com a obra de Shakespeare. Então, é muito representativo para mim celebrar 50 anos de atuação com uma obra que teve como inspiração um de seus textos mais emblemáticos. O espírito shakespeariano está presente, ao lado de diversas outras referências importantes para a minha trajetória como artista”, revela.
Para dirigi-lo, foi convidado Eduardo Moreira, fundador do Grupo Galpão. “O encontro com Adyr a partir de sua adaptação de Shakespeare trazida para a ancestralidade africana foi um presente e um chamado, uma espécie de dádiva que o teatro nos dá e que nos permite mergulhar num universo tão vasto e profundo”, comenta o diretor.
Ficha técnica:
Concepção, Dramaturgia e Atuação: Adyr Assumpção
Direção: Eduardo Moreira
Assistente de direção: Letícia Castilho
Inspirado na obra Rei Lear de William Shakespeare na tradução de Millôr Fernandes
Direção musical e preparação vocal: Ernani Maletta
Preparação corporal: Camilo Gan
Cenário: Jorge dos Anjos
Objetos e adereços em bambu: Lúcio Ventania
Adereços: Adriana D’Assumpção
Iluminação: Eliezer Sampaio
Arquitetura: João Diniz
Manto e farda, bordados: Stella Guimarães
Manto e farda, modelagem: Silvia Reis
Túnicas: Rosângela Cristina de Oliveira
Trilha sonora original: Heberte Almeida
Vozes gravadas: Michelle de Sá (Makeda), Elisa de Sena (Akosua), Iasmim Alice (Agotimé), Reibatuque (Rei das Matas), Eduardo Moreira (Sundiata) e Ernani Maletta (Sotigui)
Músicos: Heberte Almeida, Pablú e Leo Alves
Estúdio de gravação e mixagem: Leonardo Marques – Ilha do Corvo
Mixagem de voz: Flora Guerra
Programação Qlab: Vinicius Alves
Fotografia: Pablo Bernardes
Vídeos: Alex Queiróz
Design gráfico: Flávio Vignoli
Produção executiva: Tâmara Braga e Maíz d’Assumpção
Informações Leão Rosário
Concepção, Dramaturgia e Atuação: Adyr Assumpção
Local: Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
Endereço: Centro Cultural Banco do Brasil
Data: 14 de novembro a 8 de dezembro • Quinta, Sexta e Sábado – 20:00 h • Domingo – 18:00 h
Acessibilidade: Sessões do dia 24/11 e 1º e 8/12, têm com audiodescrição e interpretação em Libras
Duração: 60 minutos
Classificação Indicativa: 12 anos
Ingresso: Compre Aqui
Entrada Gratuita: Escolas e organizações sociais devem fazer o agendamento gratuito acessando a plataforma Conecta – Clique Aqui