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Sra. Klein – um recorte da vida da psicanalista Melanie Klein

Local:
Teatro Unip Brasília

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A relação tóxica de Melanie Klein e sua filha.

Sra. Klein mostra a história dos dramas familiares da psicanalista austríaca Melanie Klein e já foi encenada no Brasil duas vezes

Sustentada num tripé de personalidades fortes, a nova montagem do clássico de Nicholas Wright, adaptado para o português por Thereza Falcão, conta a relação tóxica de uma família disfuncional. Não obstante ambientado nos anos 30, o texto permanece atual. O diretor, Victor Garcia Peralta, montou o texto na Argentina há 33 anos e atesta que “o público vai se identificar demais, porque sempre há dificuldades nesses vínculos [relações familiares tóxicas]”

O espetáculo já teve duas encenações no Brasil, em 1990, com Ana Lúcia Torre e em 2003, com Nathália Timberg à frente do elenco. As duas montagens tiveram direção de Eduardo Tolentino Araújo e foram grandes sucessos de público. Ana Beatriz Nogueira decidiu por viver a personagem título ao assistir a produção de 2003, e esperou 20 anos para realizar este desejo. “É um texto muito bem-feito, que remete aos clássicos em termos de estrutura, e com o qual o público se identifica. Eu me lembro que fiquei com a peça na cabeça desde que a vi. Pensei comigo: ‘Quando for mais velha, eu quero fazer’. A gente deseja fazer certos papéis mais velhos, com a idade da personagem, embora em teatro tudo seja possível. Só que é mais interessante estar mais madura como atriz”, comenta a atriz.

Os outros dois vértices do triângulo são formados por Natália Lage, intérprete de Melita, a filha de Klein e Kika Kalache, na pele de Paula, a discípula de Melanie. O fio condutor do espetáculo se assenta na relação conflituosa de mãe e filha, enquanto Paula, ora tende para um lado, ora para o outro. A cena tem início com a morte de Hans, filho mais novo de Klein, situação trágica que a mãe e a irmã têm de encarar.

Nesta sua nova encenação, Victor Garcia Peralta seguiu um caminho mais contemporâneo: “Os figurinos da Karen Brusttolin remetem aos anos 1930, mas também dialogam com a moda de hoje. Temos três mulheres e 18 cadeiras em cena, é como um quebra-cabeça. Acho curioso que essas três analistas, tão experientes em ouvir o outro e tratar das questões de seus pacientes, não conseguem se ouvir e ver o óbvio da questão que estão enfrentando. Em muitos momentos, o humor delas sarcástico é maravilhoso “, observa o diretor. 

Texto: Nicholas Wright
Tradução e Adaptação: Thereza Falcão
Direção: Victor Garcia Peralta
Elenco: Ana Beatriz Nogueira, Natália Lage e Kika Kalache
Cenário: Dina Salem Levy
Figurinos: Karen Brusttolin
Iluminação: Bernardo Lorga
Trilha Sonora: Marcello H
Direção de Movimento: Toni Rodrigues
Visagismo: Fernando Ocazione
Idealização: Ana Beatriz Nogueira e Eduardo Barata
Projeto Gráfico: Alexandre de Castro
Assessoria de Imprensa Brasília: Território Comunicação
Realização: Trocadilhos 1000 Produções Artísticas
Produção em Brasília: DECA Produções
Realização: Trocadilhos 1000 Produções Artísticas, da atriz Ana Beatriz Nogueira

Local: Teatro Unip Brasília – SGAS 913
Temporada: 23 e 24 de março – Sábado, às 17:30 h e às 20:00 h • Domingo, às 17:00 h e 19:30 h.
Ingressos: Compre Aqui
Duração: 90 minutos
Classificação Indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos

Cristovam Freitas

Cristovam Freitas, brasiliano, sessentão, aficcionado por teatro, literatura e cinema. Morando em Brasília, mas o coração está enterrado no Rio de Janeiro.

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